segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Episódio 1: Giannini Stratosonic AE08 (parte 4)

Olá para todos!
Venho trazer duas notícias ótimas (para mim)!!!
A primeira: consegui um jogo tarraxas Wilkinson Vintage. Já intsalei na guitarra e ficaram muito legais. Essas seguram bem a afinação com bends, mas não testei usando a ponte ainda.
A segunda: consegui me desfazer da LP Stagg. Mas essa não é a notícia boa. Eu troquei essa guitarra numa Washburn Flying V WV16 G11 turbinada com um par de captadores Kramer Quad Rail. Uma guitarra muito superior a LP. O único problema é que eu não gosto de Flying V, então eu vou vendê-la. Mas essa ainda não é a notícia boa.
A notícia boa é que o cara dessa Washburn parece que foi com a minha cara e me deu um escudo de stratocaster todo montado, com um set de captadores em AlNiCo, com polos estagiados, das antigas. Segundo ele, foi tirado da sua Fender que das antigas também. Para testá-los, intsalei o escudo completo numa Eagle que eu tenho, que tem o corpo em cedro. Resultado: achei sensacional o som dos captadores. Um som que eu procurava a muito tempo. E o melhor de tudo: CUSTO ZERO! Sem dúvidas, esse foi um dos melhores presentes que já ganhei. O mais engraçado é que eu ganhei de um completo desconhecido, pois eu nunca tinha visto esse cara a vida inteira! (João, muito obrigado pelo presentão!)

Seguem umas fotos das tarraxas, captadores (fora da guitarra ainda) e um som que eu gravei usando uma interface USB da Behringer e o Guitar Rig 4, só para ter uma ideia do som desses capatdores.







quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Episódio 1: Giannini Stratosonic AE08 (parte 3)

Quando comecei o trabalho de garimpar a pintura original, pensei que seria fácil chegar ao meu objetivo. Mas os percalços do caminho me fizeram mudar o rumo da prosa.
A primeira coisa a ser feia era desmontar tudo, então mão à obra!


Ao desmontá-la tive mais uma surpresa, mas essa eu não gostei muito.


Ponte e bloco são uma peça só. Acho que eu vou ter que por uma ponte nova completa nela...
Bom, vamos deixar a tristeza de lado! Temos ainda um corpo para retirar a tinta. Então comecei a garimpar a tinta original dela. Comecei pela parte de trás do corpo.


Começou a ser revelada uma cor branca por debaixo do roxo. Isso me animou bastante! Continuei o trabalho na frente.


Notem que começou a aprecer a madeira em algumas partes, o que me animou mais ainda, pois parecia que aquele roxo escondia um relic esculpido pelos anos e pelo infeliz que pintou essa guitarra. Tudo ia bem, até que cheguei na seguinte parte:


Apareceu um azul metálico que eu nunca tinha visto até então. Aí fiquei na dúvida: será que esse branco é o primer que o cara usou para pintar a guitarra? Pelo sim ou pelo não, resolvi: VAI FICAR DESSE JEITO!
É verdade, não está bem do jeito que eu imaginei, mas até que está bem legal assim! Então finalizei o corpo.





Dando por finalizado o corpo, remontei a guitarra, cordas .011 (muito diferente das .009 anteriores), troquei o jack e acertei alguns problemas da elétrica.



Agora ela está pronta para ir para o luthier para trocar os trastes, as tarraxas e a ponte. Ela vai ganhar também um outro escudo, mais adequado para uma chave de 5 posições e potenciômetros novos!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Episódio 1: Giannini Stratosonic AE08 (parte 2)

Como havia contado, os captadores não estavam funcionando muito bem. Então, como a curiosidade é maior que qualquer coisa, abri os escudos da guitarra. Tive algumas surpresas!

A primeira delas: a ponte tinha 5 molas e um bloco enorme na ponte. Acho que elas já vinham assim de fábrica. Eu tinha a intenção de trocar essa ponte e aproveitar o bloco, mas descobri hoje que a ponte e o bloco são uma peça só. Logo, ou eu troco tudo ou eu troco nada!


O escudo da frente parecia pouco mexido por dentro. Estava com um fio solto. A chave de 3 posições é bem menor do que aquelas que a gente vê por aí hoje em dia, mas, definitivamente, não tem nada a ver com stratos! Os captadores são meio diferentes. Não consegui identificar ao certo de que são feitos, mas eles não possuem ímã em barra!


 Aqui tem outra surpresa: a cavidade dos captadores não é o famoso "piscinão".


Hoje eu desmontei ela toda e comecei a tirar essa tira horrorosa que colocaram nela. Mais surpresas estão por vir!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Episódio 1: Giannini Stratosonic AE08 (parte 1)

O primeiro episódio que narrarei desta saga vai ser sobre minha última aquisição.
Como havia falado no post anterior, ontem resgatei uma Giannini Stratosonic. Eu já procurava uma guitarra dessas há um ano, mas sem muito sucesso, desde que o senhor Eduardo Cavadas, vulgo Pepe, comentou comigo sobre essas guitarras e eu comecei, então, a pesquisar sobre elas.
Quando decidi me desfazer da minha Les Paul, tive um impasse sobre o que fazer : pegar uma outra strato ou envenenar uma das que eu tenho. Seria mais sensata a segunda opção, mas o caminho mais sensato nem sempre é o mais divertido! Então comecei a procurar por stratos de escala clara, seja feita de maple ou marfim.
A primeira idéia foi procurar uma Tagima. E achei! Uma T-735 Handmade Brazil, braço todo em maple, corpo creme, ao estilo Yngwie Malmsteen, sem escudo, com ponte de dois pivôs e tarraxas que não desafinam. Pensei então: Perfeita! Falei com o vendedor dela se aceitava uma troca e ele concordou e tudo! Mas no dia seguinte, desistiu da troca, só venda. Então, anunciei a Les Paul nesse dia. A pouco tempo ele me disse que desistiu da venda.
A segunda idéia foi pegar uma Stratosonic. Achei uma vermelha com escala em marfim, da época das Fenders Southern Cross. Falei com o cara, ele gostou da troca. Na hora, ele desistiu também, mas me deu a promessa que vai ficar com a minha Les Paul (vamos ver o que vai acontecer).
A terceira idéia foi procurar por uma Condor GX50, que me falaram muito bem sobre ela. A única opção que eu tinha em adquirir uma dessas eu não consegui. Deixei de lado.
A quarta opção: outra Stratosonic, mas essa azul escuro, aparentemente da mesma época das SC também. Mais um que desistiu de vender a guitarra!
A quinta opção: uma Tagima TG-635, azul clara. Falei com o cara e dei meu telefone, para o caso ocorresse alguma oferta depois da minha. Depois de 3 dias, consegui o dinheiro para comprar a guitarra. Mas aí eu não conseguia mais falar com o cara, até que alguém me atendeu na casa dele dizendo que ele vendeu a guitarra.
A sexta opção: outra Tagima dessa, mas da mesma cor da T-735 que falei. O cara não atendia o telefone.
Então, já estava bastante desanimado, então resolvi procurar por anúncios genéricos de guitarra. Eis que surge, como uma miragem, a sétima opção: uma Giannini Stratosonic por R$220,00, com headstock Fender 70', braço e escala numa peça em marfim, já bastante marcados pelo tempo, vinho bem esquisito. Enfim,  a guitarra aparentava as marcas da sua idade, mas não parecia estar com defeitos. Como se diz na gíria, era uma coroa  enxuta! Pensei então: essa é a chance de conseguir uma Stratosonic.
Mas nem tudo são flores! Alguma dificuldade tinha que existir! E realmente tinha: ela estava em São Gonçalo, no bairro do Mutondo. Caraca, que fim de mundo é esse?!!! Como que eu chego lá?!!!! Depois de três telefonemas para o vendedor, conseguir entender como eu saía daqui do Engenho de Dentro e chegava lá. Somando tudo, foram dois ônibus, uma barca, três jegues-taxi (ok, estou exagerando aqui!) e no total de 3h de viagem (isso mesmo! saí daqui às 10:30h e cheguei lá às 13:30h! deu até desânimo só de pensar na volta...) cheguei até a guitarra. O cara não tinha uma caixa de guitarra, então ele ligava no microsystem da sala (eca!). O captador do braço não funcionava, a chave era a de três posições original, mas parava por ae. A guitarra estava com um escudo muito mal feito, que eu acredito não ser original, assim como os knobs dos potenciômetros, que eram de R$0,50, e o da chave, que mais parece uma tampa de Bic cortada e colada com Durepoxi. A pintura realmente era horrorosa!!! Mas pelo preço, dava para pegar a guitarra e deixar ela no ponto!
Fechei o negócio e voltei para casa. Cheguei por volta das 17:30, ou seja, 7 horas após minha partida, com a guitarra em casa. Pelo menos uns dois quilos mais magro, sem ter comido nada, mas com a guitarra!
Bom, já escrevi muito! Vamos às fotos!




 :






Pelas fotos já para ver que ela carrega o peso da sua idade, que ser em torno de 30 anos!
Em breve, fotos internas!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O começo de uma saga

Há muito tempo não uso blogs (deve ter pelo menos uns 6 anos ou mais!), mas resolvi voltar a utilizar por um motivo muito nobre. Minha relação com as guitarras começou em 2001, na mesma época do Rock in Rio (curioso, este ano vai ter outro, que é o sequencial verdadeiro deste que mencionei). Desde essa época, guitarras  sempre foram um dos meus passatempos prediletos.
Pois bem. O tempo passa, muitas coisas mudam, inclusive a nossa percepção. Com isto, começa uma busca incessante pela guitarra que mais nos agrada. A primeira guitarra que à nossa cabeça são as guitarras de nossos ídolos, mas não demora muito para descobrirmos que estão longe demais para nós, pobres mortais juvenis...
Então, após passar pela fase de querer tocar igual ao Slash (sim, todos que ousam tentar tocar guitarra algum dia passou ou vai passar por isso) descobri que o modelo de guitarra que mais me agrada são as Stratocasters. Então, por que não ter várias Stratos com configurações diferentes?! Parece algo plausível, não?!
Com este pensamento, comecei a adquirir algumas stratos, nunca me desfazendo da minha primeira, que é uma Samick Sunburst que eu ganhei quando fiz 15 anos, ou seja, tem por volta de uns 8 anos.
Então até hoje eu tinha basicamente três stratos: uma Ibanez GSA60 (que não é bem uma strato, mas o shape dela muito próximo de uma), uma Samick (que perdeu um pouco o encanto quando eu abri o escudo dela e percebi que ela era de madeira laminada) e uma Eagle (modelo mais antigo, com corpo feito em cedro e headstock igual ao da Fender). Todas elas passaram por mudanças que eu colocarei aqui ao longo do tempo, então a história de cada uma virá neste momento.
Mas hoje, algo aconteceu (claro, senão por que eu diria "até hoje" no parágrafo anterior). Hoje consegui uma guitarra que a muito tempo procurava: uma Giannini Stratosonic! Um clássico da indústria nacional. E me saiu por um preço muito bom. Então resolvi investir a grana da venda da minha Les Paul nesta guitarra (e nas outras também, mas principalmente nessa). Acredito que o resultado final fique bastante interessante.
Então, mãos à obra!!!!

Em breve estarei postando fotos da Stratosonic e de sua "reforma" (se é que se pode chamar assim).
Até mais.